Indie Games Selection – Puzzles

Dessa vez os indie games estão tão difíceis, que me deram dor de cabeça no lobo frontal. Gosto de puzzles e esse sempre foi meu tipo de jogo para quando eu quero jogar mas não quero me envolver. Se bem que é meio irônico isso, já que se um puzzle é difícil, acabo me envolvendo com ele de qualquer jeito… e horas se passam até que eu canse. Dessa vez os indie games que eu recomendo são todos do gênero puzzle, de diferentes sub-gêneros dentro desse gênero.

O primeiro deles, mais fácil dos três, é o COLORROOM.

É um puzzle do tipo escape, em que você tem que sair do quarto. Só um quarto. Para isso você deve achar as estrelas que estão escondidas nesse quarto, resolvendo alguns minigames ou encontrando elas do jeito antigo mesmo. O interessante desse jogo é que conforme você manipula esse DS, diferentes ângulos do quarto são vistos: algo que ainda não existe realmente um jogo de DS. Outra coisa muito diferenciada nesse jogo é a mistura entre o jogo na tela do DS e o jogo no navegador (que seria a realidade pro jogador que joga o DS). Quando você encontra um item na tela do DS, ele vai para as mãos do jogador desse DS. Como se você, quando está jogando algum RPG no seu portátil, achasse uma poção e ela saísse da tela e viesse parar nas suas mãos.

O quarto visto de um ângulo

Do mesmo ponto, visto de outro ângulo

E é usando essa mistura que você deve resolver esse puzzle.

 

O segundo deles, um pouco mais difícil é o Crazy Over Goo.

É um jogo puzzle do tipo ação, em que você tem que levar uma goo ball amarela pela tela até ela chegar à bandeirinha vermelha. É um jogo difícil, de música viciante, que me causou uma dor de cabeça tremenda. Principalmente as fases que giram. >< Muitas delas eu tive que skipar e tentar fazer depois, porque é realmente difícil. Uma coisa que me incomodou um pouco foi que a dinâmica do controle não é perfeita como o jogo do fundíbulo.

Esse indie game também é cheio de coisinhas do tipo: parede que gruda, lugar que muda de gravidade, água que te ajuda, fogo que te mata, enfim… Ele tem 6 mundos, que eu já completei, em cada mundo tem uma fase extra. O jogador para abrir essa fase deve ganhar medalhas em todas as outras fases. E está aí outra coisa que eu não gostei muito: não consegui achar o critério que esse indie game usa para te dar uma medalha; não sei se é o tempo ou se é o número de movimentos. Ou se depende da fase.

O indie game também tem um extra: é possível criar suas próprias fases ou jogar fases criadas por outros usuários.

Uma quase-fase que eu criei

O terceiro deles é o mais difícil e mais esquisito também. Chama-se This is a Work of Fiction (isso é uma obra de ficção).

É um jogo de Eli Piilonen e antes de mais nada você já tem um puzzle para resolver. Só para “apertar” start. Depois disso o designer afirma então que o jogo foi baseado em uma série de documentos que ele recebeu de por e-mail de um anônimo, e ressalta que apesar de ser um jogo, “todo mundo gosta um pouquinho de história da conspiração”. E aí o jogo começa de verdade. É composto de 20 fases e cada uma é um puzzle. Eles são divididos em 5 categorias: route, river, riddle, rotary e riot. Isso significa que os puzzles dessa classe vão ser parecidos, somente com a dificuldade aumentada.

O objetivo do jogo é a cada fase resolvida, você ter acesso a um pedaço do documento que esse tal anônimo mandou para Eli Piilonen. Os documentos são bem no estilo noir de arquivo conspiratório, meio mal organizado. Textos curtos com muita ou pouca informação, a depender de quem lê. Eu não vou falar aqui sobre o que esses documentos falam, mesmo porque além de eu não ter conseguido todos, isso seria um spoiler magnífico.

Os puzzles não são tão difíceis e macabros assim. A premissa do indie game é que você tem que descobrir as instruções sozinho e que as instruções variam de jogo para jogo. Na verdade, nem tanto. Todas as fases da classe route, por exemplo, são do mesmo estilo, os comandos são os mesmos, a diferença é a dificuldade. Sem falar que nas fases, na parte debaixo da tela tem sim uma instruçãozinha…

E alguns puzzles não são tão divertidos assim. Primeiro que quando você percebe a jogada, tudo fica meio ordinário. Segundo que o puzzle da fase riot vai ficando cada vez mais enfadonho, o que me coloca a dúvida de até que ponto esse tipo de minigame é um puzzle. Mas enfim, para nós falantes de português nem tudo é flores. O jogo é em inglês, então quem não sabe inglês, não vai conseguir ler os arquivos direito. E mesmo quem sabe inglês bem, e morou algum tempo em algum país falante de língua inglesa, tem grande chance de não conseguir resolver os puzzles da fase riddle. Nessa fase, tem uma charada e a resposta é uma, duas, três, sei lá quantas palavras. Eu sou péssima com “o que é o que é”. ><

riot

riddle

 

Mas enfim, o jogo vale a pena ser pelo menos experimentado porque tem esse ar de suspense e uma trilha sonora adequada. É um indie game do tipo artístico, e merece ao menos uma espiada.