Isso porque o jogo tem a te oferecer uma experiência de conhecimento, filosofia e reflexão muito interessante. A proposta dele é uma aventura épica de auto-descobrimento.
Antes de começar, você cria um personagem ao seu modo. Existem muitas opções de cabelos, olhos, rosto, roupa e acessórios. Alguns deles são muito bizarros, mas isso faz parte da estética. É um jogo sobre o fim do mundo (afinal um cometa cai na sua cabeça), então no limbo muitas formas podem ser assumidas.
Quando você começa a jogar você vai montar um profile virtual, com um número. Toda vez que você salva o seu jogo e para de jogar, para abrir o seu profile novamente é só digitar esse número, tudo fica guardado ali.
O jogo tem três mundos, e cada um desses tem seis fases. Os mundos representam os três grandes reinos de filosofia e sanidade humana: O corpo, a mente e o coração. Em cada um deles, um deus reina dominante, e te desafia a derrotá-lo. Primeiro, completando as fases, que são fases sempre com o puzzle, cheias de checkpoints porque é muito fácil morrer. Depois, respondendo uma pergunta filosófica so tipo: “Você quer viver para sempre?”. E claro, recuperando uma chave perdida no meio da fase que vai abrir a porta para se batalhar com o chefão.
A batalha com o chefão é uma espécie de jogo de tabuleiro, tipo otelo, mas com hexágonos que possuem valores diferentes para as faces. O objetivo do jogo é fazer com que o maior número de peças seja seu.
Toda vez que uma fase é terminada, o jogador ganha um artefato. Se o jogador quiser saber mais, na parte debaixo da tela do jogo que estão as informações do profile do jogador, aparecerá um texto explicativo sobre o objeto que você adquiriu. Ele sempre trará uma reflexão filosófica e alguns apontamentos feitos por pensadores que discutiram aquele artefato em questão.
THE END é um jogo extenso, com fases difíceis e intrigantes. Um puzzle sempre tem que ser resolvido para que se pegue a chave e para que se chegue até a porta. O mais interessante do jogo acaba não sendo a batalha com o chefão (que pode ser feita a qualquer momento caso você queira treinar), mas sim responder às perguntas que aparecem e ver qual resultado elas trarão para você até o final, ou seja, jogar para conhecer a si mesmo, que é a proposta inicial do jogo. Até o momento em que fiz esse post, minhas respostas me faziam parecer com o pensamento de William Wordsworth (e o próprio jogo oferece informações sobre o filósofo, você não precisar ir caçar em outro lugar).
Você pode jogar THE END aqui.